Quem sou?

Minha foto
Recife/Arcoverde, Pernambuco, Brazil
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina

domingo, 6 de dezembro de 2009

Raça Crioulo


Crioulo significa “ de origem espanhola”. Em 1493, os cavalos espanhóis pisaram pela primeira vez em terra americana, na ilha La Espanõla, hoje Santo Domingo.
São estes os antepassados diretos dos cavalos crioulos americanos. O cavalo espanhol, por sua vez, tinha sangue celta e andaluz (europeu) e berbere ( africano), mas pouco ou nenhum sangue asiático ou árabe. Uma vez aclimatado no novo continente, e tendo sua criação incrementada com importações posteriores, o crioulo se reproduziu com rapidez e, em poucos anos, estendeu-se elas Antilhas e pelo continente, conquistando países como a Venezuela, Colômbia e Peru. Ao mesmo tempo, foram introduzidos cavalos diretamente da Espanha no Rio da Prata e no Paraguai, e estes se espalharam pelo Chile, Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil. No século XVII, iniciou-se a criação de cavalos crioulos nas imediações do Rio Grande di Sul, a partir de animais trazidos por padres jesuítas espanhóis.
Com o passar do tempo, o numero de crioulos aumentou tanto que superou as necessidades r as possibilidades de fazendeiros e índios. O Mustangue norte-americano tem uma origem semelhante à do crioulo. Parte dos cavalos domesticados se dispersou, formando bandos de cavalos selvagens, cujos descendentes forjaram as populações de crioulos nas Antilhas e na America do sul e de mustangues no México e na America do Norte.
A criação de crioulos é uma tradição tão antiga e essencial no Rio Grande do Sul quanto o uso das bombachas. Nessa região, a relação entre o homem e o cavalo é de devoção. O crioulo foi o companheiro inseparável dos colonizadores, sendo o único meio de transporte tanto dos estancieiros quanto das tropas que fizeram as revoluções e defenderam as fronteiras do estado.
Hoje, desenvolve-se nos pampas gaúchos uma das mais eficientes pecuárias de corte e a maior criação de ovinos do pais. Por isso, o cavalo crioulo continua sendo muito útil e cultuado. Passar o dia sobre o lombo de um crioulo, percorrendo imensas distancias para verificar cercas, conduzir a criação, separar animais para a marcação a ferro ou o banho de remédio faz parte do cotidiano dos muitos peões do Rio Grande do Sul. E não é a toa que a maioria dos crioulos seja criado para lida no campo, movimentando um amplo circuito de vendas em leilões e participações em exposições.
As competições especificas da raça também são muito populares, e mobilizam os criadores, principalmente do Rio Grande do Sul, mas também do Paraná e de São Paulo. A principal delas é o “freio de ouro”, cuja etapa final acontece na maior feira agropecuária anual da America Latina, a Expointer.
Basicamente , o freio de ouro avalia as características físicas dos cavalos e suas habilidades, em provas que simulam a lida no campo. A premiação não é feita em dinheiro: o vencedor ganha um exemplar do freio de ouro, troféu que da nome a competição. Os gaúchos garantem que suas competições não tem nada a ver co as festas de peão e os rodeios, influenciados pela cultura norte-americana. Nas provas que avaliam a raça crioula, os ginetes sempre se vestem “ a gaúcha”.
A eficiência no trabalho, a rusticidade, a longevidade e o baixo custo de manejo do cavalo crioulo atraem criadores de todo o pais. A demanda por bons reprodutores tem aumentado no Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e hoje o cavalo crioulo é criado em quase todos os estados do pais.
Os criadores desejam demonstrar que essa raça é tão eficiente quanto a norte-americana quarto de milha e por isso tem participado de campeonatos nacionais com cavalos de outras raças “Rédeas” e “ Potro do Futuro”, povas em que o crioulo já conquistou alguns títulos.
A associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos foi fundada em Pelotas, em 1965, e é responsável pelo serviço de registro genealógico da raça, bom como por seu controle e desenvolvimento.

Os cavalos nativos do Brasil

As raças nativas ou naturalizadas são formadas por animais que se encontram sob a ação da seleção natural por um longo período em determinados ecossistemas, e que apresentam as características especificas dessa condição. Vários cavalos nativos brasileiros estão sendo pesquisados e utilizados para gerar animais adequados para o trabalho, já que estão adaptados aos seus ambientes específicos, muitas vezes hostis para cavalos de outras raças. Parcerias entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades e associações de criadores estão sendo feitas para garantir a preservação e o desenvolvimento dessas raças. Entre as raças pesquisadas estão o Lavradeiro, o pantaneiro, o campeiro, o marajoara e o Baixadeiro.
Origem: Brasil e America do Sul.
Altura: mínimo de 1,40m (macho) e 1,38m (fêmea).
Pelagem: todas as cores, exceto as pelagens pintadas ou albina.
Resultado de uma rigorosa seleção natural ao longo de quinhentos anos, enfrentando temperaturas elevadas no verão e extremamente baixas no inverno, o crioulo desenvolve um corpo compacto, robusto e harmonioso, exibindo uma cabeça grande e curta, pescoço musculoso, espáduas fortes, peito amplo e antemão possante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário